A CIDADE VIOLENTA

Quando vou para a cidade
Fazer a compra do mês
Uma tristeza me invade
Que não contava a vocês

Fumaça de escapamento
Ou mesmo de chaminé
Deixa o céu meio cinzento
Fico tenso, dou no pé

As favelas no calor
E com esgoto a céu aberto
Exalam grande fedor
Além de crime ali perto

Em vista disso ou daquilo
Prefiro morar na roça
Lá me sinto mais tranqüilo
Em minha pobre palhoça

Quem ama a cidade pensa
Que levo vida boçal
Isso tomo como ofensa
Tenho vida natural

Na cidade há também
Um mau vício muito em voga
O jovem gasta o que tem
Na grande praga da droga