A BEBIDA

Tomar uns tragos a mais
Grande vício dos mortais
Eu lhes digo que jamais
Vou repetir esse ato
Foi por beber em excesso
Que só agora confesso
Mas por favor eu lhes peço
Não comentarem o fato

Cheguei em casa horas mortas
Vi pela frente duas portas
Minhas chaves eram tortas
Não entravam no orifício
Depois de tanto tormento
Cansado por tal intento
Nem me lembro qual momento
Dormi fora do edifício

Acordei com sol a pino
E vi na frente um menino
Meu vizinho, pequenino
Um mero nenê de touca
Disse que me protegia
Tal qual um anjo da guia
Porque enquanto eu dormia
Um cão me lambia a boca