QUERO SER ÚTIL

Meu sonho desde menino
Era ser mestre de ensino
Nasci com esse pendor
Mas para filho de pobre
Alcançar alvo tão nobre
Requereu muito labor

Profissão nada atraente
Afugenta muita gente
Bem chegada ao vil metal
Nunca pensei desse jeito
Dava-me por satisfeito
Viver por um ideal

Nela o que ganho mal cobre
Os meus dispêndios de pobre
Mas presumo que sou útil
Ganhar dinheiro à mancheia
Pensar só no pé de meia
É ter uma vida fútil

NOTA: Trata-se de um filho que abraçou o magistério, mesmo sabendo quão difícil seria a vida de professor no Brasil