PROMESSA

Quando eu fizer cem anos
No convívio dos humanos
Quero fazer grande festa
Chegar lá não é comum
Em cada mil talvez um
É porcentagem modesta

Uma condição imponho
Se realizar o sonho
Preciso estar com saúde
Do contrário não aceito
Se estiver preso no leito
Será melhor no ataúde

Vegetar, isso não quero
Se minha nota for zero
Não há como ser feliz
Com meu esqueleto bem gasto
Logo vou servir de pasto
Ver capim pela raiz

Mas se tiver lucidez
Então é a minha vez
De festejar o momento
Só na base de champanhe
Nela o povão que se banhe
Para marcar tal evento