O DÁRIO

Meu primo Dário era meu amigo inseparável. Com ele, fazíamos tantas estripulias. Lembro-me que certa vez surrupiamos o polvarinho do nosso avô, espalhamos a pólvora da terra no chão, encostamos uma brasa que foi assoprada pelo Dário. A pólvora incendiou-se atingindo a sobrancelha e os olhos dele. Ele ficou quase cego por certo tempo. Por sorte, a cegueira não foi permanente.